Aquecimento Global


É o aquecimento global que derrete o gelo da Antártica?




Há décadas, o gelo da Antártica vem derretendo. E o que causa esse evento? Apesar de haver um debate entre os cientistas, as evidências recentes sugerem que o aquecimento global é o que está por trás do fenômeno.
Segundo pesquisadores, é muito provável que o derretimento seja um resultado da mudança climática global. A partir de diferentes conjuntos de dados, incluindo amostras de gelo, os cientistas descobriram que a temperatura na Península Antártica e na metade ocidental do Continente Antártico aqueceu ao longo das últimas décadas mais rápido do que no passado.
Ao longo dos últimos 50 anos, os registros climáticos mostram que, enquanto as temperaturas do ar diminuíram em grande parte da Antártica, na Península Antártica têm aumentado em 2,5 graus Celsius, ou cerca de cinco vezes a taxa de aquecimento medida para o resto do mundo.
A NASA utiliza satélites para medir as temperaturas médias globais, monitorando objetos sensíveis ao calor no chão, e incorporando também registros via satélite. Usando esses dados, a NASA determinou que o aquecimento global causou a desintegração de grandes plataformas de gelo na Península Antártica em 1995 e 2002. Muitas dessas plataformas de gelo continuam a ruir.
O gelo nas bordas da Antártica está derretendo ou se partindo em icebergs mais do que está nevando no interior. Como não há neve suficiente para substituir o gelo que se perde nas bordas, no total, a maior parte do gelo está perdida na Península Antártica.
Os cientistas também observaram como a massa de gelo variava na Antártica, devido às variações na precipitação de ano para ano. Usando os dados, os pesquisadores foram capazes de controlar a quantidade de massa de gelo perdida devido a mudanças nos níveis de precipitação impactadas pelo fenômeno El Niño, um evento cíclico que causa águas mais quentes do que o normal no leste do Oceano Pacífico.
Juntos, a Península Antártica e o Mar de Amundsen contribuem com 0,3 milímetros por ano ao nível do mar global. A mudança de nível global do mar global é de cerca de 3 milímetros por ano.
Enquanto é provável que o El Niño tenha influência no derretimento de gelo da Antártida, muitos pesquisadores acreditam que o evento não pode ser totalmente atribuído ao fenômeno.
Segundo os cientistas, o El Niño é uma oscilação do clima, que varia ao longo de um período de quatro a sete anos. Ele definitivamente pode fazer com que um ano seja mais quente ou mais frio do que outros, mas não é possível que ele contribua com o aquecimento médio visto ao longo das últimas décadas.
A perda de gelo do oeste da Antártica é quase que certamente relacionada ao aquecimento global. Os pesquisadores atribuem a desestabilização e queda de blocos de gelo, cuja desintegração acelera a perda de gelo continental, ao aumento da temperatura do oceano Austral.
O El Niño também não pode dar conta do aquecimento global do Oceano Antártico, que é quase certamente implicado pela perda de gelo antártico.
Segundo os cientistas, determinar a causa exata de toda a mudança global, em específico do derretimento de gelo, é sempre difícil. Porém, as temperaturas mais quentes do ar, combinadas com águas mais mornas no oceano, parecem ser as principais culpadas. [LifesLittleMysteries]











Entre estudos e opiniões pessoais, a humanidade continua sem saber ao certo até que ponto a poluição realmente contribui para o aquecimento global. Cientistas americanos apresentam uma ideia interessante: o aquecimento global é sim uma realidade, e seus efeitos podem ser nocivos. Mas isso não é causado tanto pelo excesso de dióxido de carbono (CO2) como se imaginava.

A pesquisa, conduzida por climatologistas da Universidade do Oregon (EUA), é patrocinada pelo programa nacional de paleoclimatologia dos Estados Unidos. E não é por acaso: a teoria formulada está relacionada a essa ciência, que estuda a variação da temperatura da Terra ao longo dos seus mais de quatro bilhões de anos de existência.

Os cientistas fizeram um resgate histórico do clima ao redor do mundo. Eles criticam a maioria dos estudos na área, que só analisam a temperatura do planeta a partir do século XIX, em um contexto após a revolução industrial. Segundo eles, o resultado de uma pesquisa assim pode ser enganoso, porque ignora milhares de anos anteriores onde o clima da Terra esteve em constantes mudanças.

Por esse motivo, eles reconstruíram a trajetória da temperatura no planeta desde o fim da última Era Glacial, há mais de 21 mil anos. Desde aquela época até o início da revolução industrial (que faria a taxa total de CO2 ser três vezes maior do que na época anterior a ela), houve uma série de fatores decisivos para regular o clima de cada região do globo.

O que os cientistas fizeram foi analisar a atuação e influência de cada um desses fatores, em separado. Quesitos como o nível do mar, o nível de umidade do ar e de poeira na atmosfera foram levados em conta ao lado da quantidade de CO2 presente no ambiente ao longo da história.

Foi apurado, de maneira geral, que a maioria dos modelos climáticos superestimam os efeitos da variação do CO2 no ambiente para determinar o clima. Durante a última Era do Gelo, por exemplo, houve uma sensível diminuição do dióxido de carbono, que na teoria deveria levar a Terra a um congelamento total, inclusive nos trópicos. Mas o efeito não foi tão grande assim: alguns oceanos nem chegaram a congelar por completo.

As variações no nível dos oceanos e na umidade do ar, por outro lado, mostraram uma influência mais forte em vários momentos, inclusive no que determinou o final do último período glacial. O CO2, portanto, é realmente mais uma carta no baralho, mas não se pode dizer que seja a mais essencial. [ScienceDaily]


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